Encontramos no artigo, do qual reproduzimos um extrato, um novo apoio ao trabalho que desenvolvemos para promover uma mudança de atitudes.
Comportamentos (des)adaptados: causa ou efeito da
deficiência mental?
Maria Isabel Santo de Miranda Cunha
Camila Maria Ferreira Costa
Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti e E.B. 2, 3 de Lordelo
in http://repositorio.esepf.pt/bitstream/handle/10000/76/Cad_5ComportamentosDesadaptados.pdf?sequence=1
“
IntroduçãoA deficiência mental, enquanto problemática, tem sido
perspectivada não só através de uma dimensão biológica,
mas essencialmente comportamental e social. De facto,
as mudanças, operadas ao nível das sucessivas conceptualizações,
efectuaram-se sempre no momento em que
a própria sociedade procurou promover uma integração
social da pessoa com deficiência mental. Assim, os preconceitos
e as atitudes de ridicularização e de desprezo
deram lugar a uma situação de aceitação social, tornando
as pessoas, com este tipo de deficiência, membros
válidos da sociedade.
Apesar desta significativa evolução, a plena aceitação
ainda se encontra longe de ser alcançada. Pois, a adopção
de comportamentos desadaptados por parte de indivíduos
com atraso mental reduz tal esforço, conduzindo a
uma certa exclusão social.
No entanto, poder-se-á fazer algo para tornar exequível
uma maior inclusão da pessoa com deficiência mental,
no contexto social envolvente. Para isso, é imprescindível
proceder a novos saberes relativos a esta problemática,
nomeadamente o conhecimento das limitações
existentes na funcionalidade dessa pessoa ou criança e a
sua relação com a manifestação de comportamentos
desadaptados, perante as exigências sociais.
ConclusãoContudo, é ainda necessário tecer algumas considerações
finais. Neste sentido, importa exaltar a ideia de que
a partir do momento em que a sociedade tomar consciência
das implicações da deficiência mental no comportamento,
adoptará uma postura diferente perante a
criança com este tipo de atraso.
Assim, a mudança de mentalidades tem de ir no sentido
de ver a criança com deficiência mental como uma igual
entre os seus pares. Esta postura revolucionará atitudes,
expectativas pessoais e sociais, mas fundamentalmente
as relações sociais.
Em suma,
não basta modificar as atitudes e os comportamentos
evidenciados pelas pessoas com deficiência
mental, mas essencialmente os mesmos verificados
pelos restantes membros da sociedade.”