quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Insistir na Inclusão é uma questão de Direitos

Neste inicio de ano novo, gostaríamos de partilhar as nossas preocupações relativas à inclusão das pessoas com deficiência na nossa sociedade. Embora alguns passos já fossem dados depois da assinatura, em 2009, da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ainda estamos longe de reconhecê-los como cidadãos participativos e ativos.
É hábito dizer que as mudanças precisam de uma ou várias gerações para se fazerem sentir. De 2009 até hoje só passaram 9 anos, o que em termo de mudança da sociedade é quase nada! Mesmo assim se não insistirmos na inclusão a todos os níveis ela não vai acontecer. A tendência para continuar a proteger ou considerar as pessoas com deficiência como “coitadinhas” tem raízes profundas. Continuar a fazer campanhas que apelam ao coração para ajudar em vez de exigir o respeito pelos seus Direitos, ainda tem muitos adeptos. É mais fácil largar uns tostões do que reconsiderar a forma como vemos e lidamos com a deficiência dos outros. Porque com a inclusão é disto que se trata: uma nova forma de lidar com a pessoa que está com uma deficiência. Dar a esta pessoa a oportunidade de ter um lugar na sociedade como qualquer outra. Não por caridade, não por responsabilidade social das empresas mas SIM porque como qualquer pessoa tem Direitos inscritos na Constituição. É muito importante nesta altura do Natal ou até como já o foi no início de dezembro, pela ocasião do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, lembrar que o ser diferente é a norma, que a igualdade é dos Direitos e Deveres e que a equidade é tratar todos segundo as suas necessidades.
Acabamos enunciando as bases para uma sociedade cada vez mais inclusiva que passará por cada um de nós na maneira como iremos aceitar a diferença e praticar a igualdade e a equidade.

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